8/6/2011
A nossa mobilização levou o governo a reabrir negociações com o Sindicato. A reunião aconteceu nesta terça-feira, 7 de junho, na Secretaria de Desenvolvimento, com a presença do secretário Paulo Alexandre Barbosa, da superintendente do Centro, Laura Laganá, e do vice-superintendente César Silva. Pelo movimento, participaram representantes do Sinteps/Comando Central de Greve: Neusa Santana Alves, Silvia Elena de Lima, Robson Manfredi, Paulo Búfalo, Tiago Alves Pessoa, Marcos Mendes, Tânia Vendrasco, Sirlene Maciel e Flávio Barbosa.
A posição do governo
Questionado pelos representantes, o secretário reafirmou propostas que já eram do conhecimento da categoria:
- 11% de reajuste para todos.
- Progressão automática na carreira para docentes e auxiliares docentes iniciais.
- Divulgação (até 10/6) da pontuação relativa aos critérios para progressão dos demais docentes.
- Divulgação (até 20/6) de melhorias para os servidores administrativos, nos mesmos parâmetros concedidos aos docentes.
Além disso, a superintendente disse que o pagamento dos dias parados está condicionado a um calendário de reposição.
A proposta dos trabalhadores
Os representantes do movimento reafirmaram a Pauta de Reivindicações da categoria e apresentaram a proposta de que a progressão automática seja estendida a todos os trabalhadores (professores e funcionários).
O que foi encaminhado
Ao final da reunião, foram acertados dois calendários de reuniões:
- Para discussão conjunta do novo plano de carreira, quando a superintendência apresentará a estrutura (boneco) do que já tem elaborado: dias 21/6, 5/7 e 20/7.
- Nova negociação no dia 13/6 (envolvendo as secretarias de Gestão e Desenvolvimento e a superintendência), com possibilidade de discussão dos itens da pauta econômica.
Avaliação
Para os membros presentes à reunião desta terça-feira, como já foi dito no início do texto, a reabertura das negociações com a representação legal da categoria é produto da força do movimento.
A avaliação é que é possível ao governo melhorar sua proposta, tendo em vista que há uma folga de mais de 8,2 bilhões para gastar com pessoal, segundo dados da Lei de Responsabilidade Fiscal. O “esforço” orçamentário do governo para conceder a progressão para todos representaria menos do que 1% desta folga. Na folha de pagamento do Centro Paula Souza, isso significaria um impacto da ordem de 11%.
Porém, conquistas concretas somente virão com o fortalecimento do movimento. É este o requisito para que o governo avance na pauta econômica e mantenha um canal de negociação permanente para os demais itens da Pauta.
Indicativos
- 8 e 9/6 (quarta e quinta-feira) : Os trabalhadores em greve devem avaliar o resultado da reunião e trazer seu posicionamento na assembleia geral da categoria.
- 10/6 (sexta-feira), 10 horas : Reunião do Comando Central de Greve, na sede do Sinteps (SP).
- 10/6 (sexta-feira), 14 horas : Assembleia geral da categoria, no campus da FATEC/SP.
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