Baixada Santista, 24 de maio de 2011
Estivemos na manhã desta terça-feira, por volta das 11:00 na unidade de Praia Grande.
Vinte trabalhadores do Aristóteles Ferreira, Escolástica Rosa, Zulmira Campos e Cubatão estiveram presentes.
Fomos recebidos com surpresa pela direção da ETEC que informou que já nos aguardavam para o período da tarde.
Não fomos convidados a entrar na unidade e conversar com os trabalhadores.
Demos inicio ao nosso ATO DE GREVE do lado de fora com a apresentação de faixas (não afixadas, seguradas pelos trabalhadores), coleta de assinaturas do nosso abaixo-assinado e panfletagem.
Utilizamos, como de costume, nosso mega-fone para falarmos aos alunos, pais, trabalhadores e sociedades.
Assim como é direito do trabalhador não aderir à greve, é direito dos demais, se manifestarem publicamente de forma pacífica (não necessariamente silenciosa).
Demonstrando truculência e falta de senso democrático, o diretor da FATEC Praia Grande, Professor Nilson primeiramente pediu que parássemos nossa manifestação ameaçando: "Se não parar eu terei que tomar providências severas!".
Sendo um direito a manifestação pública, continuamos e o referido diretor acionou a Polícia Militar para coagir os manifestantes.
O tenente da Polícia Militar informou que "não poderiamos usar o mega-fone nem tampouco falar alto ou gritar para que a população soubesse das nossas reivindicações" sob alegação de "perturbação do sossego público".
Cabe ressaltar que eram 11:00 da manhã, depois das 8:00 e antes das 22:00 o que torna a alegação do tenente insustentável.
Fui ameaçado pelo tenente que informou que me colocariam na viatura e levariam até a delegacia para que eu fosse "fichado" (foi a palavra usada pelo tenente).
Cinco viaturas e duas motos, o tenente e diversos soldados estiveram presente e permaneceram no local durante horas. Em Praia Grande, uma das cidades com maior índice de criminalidade em todo o estado, a Polícia Militar se prestou ao ridículo papel de coagir professores e trabalhadores em momento que poderiam estar atendendo a ocorrências criminais.
Por bom senso (e não por que estivéssemos infringindo lei alguma, muito pelo contrário, quem infringiu a lei foi o tenente que certamente tem conhecimento do direito de greve e livre manifestação pública), interrompemos o uso do mega-fone e o Comando Local de Greve do Escolástica Rosa e trabalhadores do Aristóteles Ferreira conversaram com o diretor truculento.
O mesmo se posicionou de modo como se estivesse "prestando um favor" aos trabalhadores permitindo a entrada dos mesmos com número máximo e hora marcada (13:00).
Oras, então as ETECs e FATECs são espaços privados? Trabalhadores da própria instituição não podem entrar nas unidades?
Em todas as unidades pelas quais temos passado, sabemos que em muitas a direção é contrária a greve, mas jamais fomos impedidos de entrar nas unidades e sempre fomos recebidos com respeito que tem sido mútuo.
Fomos muito bem recebidos pelo professor Pedro, diretor do Escolástica Rosa, pela professora Ieda, diretora do Aristóteles Ferreira, pela professora Rita de Cubatão, pela professora Kelly (neste mesmo dia, à noite), diretora de São Vicente e pela diretora de serviços da ETEC Guarujá (me fugiu o nome neste momento! Depois coloco!)
Em todas estas unidades, entramos ordeiramente e conversamos com os trabalhadores para em seguida, do lado de fora da unidade, realizar o ato publico de greve.
Na Praia Grande, no entanto, um dos professores do Escolástica Rosa, entrou na unidade para ir até o banheiro e a direção mandou que os seguranças da unidade o acompanhassem!!! No mínimo constrangedor!!!
Ficou claro a truculência e caráter anti-democrático do diretor, Professor Nilson com essas atitudes.
Após muita conversa, as 13:00, 5 trabalhadores entraram na unidade e se reuniram no auditório da mesma com os professores e funcionários que demonstraram em grande parte, interesse em aderir à greve, mas com medo e desinformados pela direção e pelo Centro Paula Souza que a todo custo tenta ocultar o movimento de greve que já conta com a participação de 55 ETECs e 22 FATECs em todo o Estado de São Paulo Alguns deixaram seus e-mails para entrarmos em contato e passarmos as informações reais a respeito da greve.
O diretor Nilson esteve presente e a todo instante informava que o Governo do Estado pediu um "voto de confiança" dos trabalhadores pois será lançado um novo plano de carreira.
Querem que acreditemos em promessa de político!!! Vote Tiririca, pior que tá não fica! (mas não, hein?)
Sem nenhum documento oficial, querem que paremos a greve e acreditemos em um novo plano de carreira elaborado por uma empresa terceirizada e por uma comissão de trabalhadores indicadas pela Superintendência do Centro Paula Souza, sem a participação do SINTEPS que é o representante legal da categoria.
PEÇO AOS DOCENTES E FUNCIONÁRIOS QUE VERIFIQUEM NA PARTE DE TRÁS DE SUAS CAMISAS SE NENHUM ALUNO COLOU AQUELES BILHETINHOS MALDOSOS COM A INSCRIÇÃO "SOU IDIOTA!".
Enfim, a greve já chegou à ETEC Praia Grande com alguns trabalhadores paralisados e na próxima semana estaremos de volta na unidade (com data e horário marcado pela direção da FATEC PG.) para esclarecimento aos trabalhadores e estudantes das unidades e com um habeas corpus preventivo para evitar as truculências e atos anti-democráticos por parte da direção da FATEC PG.
Temos todo o ocorrido registrado em videos que serão publicados dentro de poucos dias no YouTube e informado aos trabalhadores por meio deste blog.
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As 17:00 chegamos à unidade de São Vicente, Dra. Ruth Cardoso e fomos respeitosamente recebidos e acolhidos na sala dos professores da unidade com direito a sofá, café e água. Sem vigias, sem seguranças, sem problema algum.
A diretora acadêmica, Profa. Milena, pediu que aguardássemos o retorno da diretora, Profa. Kelly da reunião de diretores em São Paulo.
Aguardamos e por volta das 18:00 pudemos reunir os professores e funcionários da unidade para esclarecimentos e orientações.
Definimos o Comando Local de Greve da unidade, deixamos faixas, panfletos e abaixo assinado com os mesmos e em seguida, fizemos um ato público na praça que fica em frente à unidade.
Ocorria uma Audiência Pública na unidade (acredito que da prefeitura de São Vicente) e pudemos passar à comunidade vicentina a real situação dos trabalhadores do Centro Paula Souza.
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No fim da noite, chegam informações por e-mail de diversas unidades que aderiram à greve hoje. Falta confirmas essas informações.
Amanhã, quarta-feira sairá um ônibus às 10:00 da unidade Escolástica Rosa a caminho da Assembléia Legislativa do Estado para Audiência Pública agendada pelo Deputado Carlos Gianazzi para a qual a Profa. Laurá Laganá foi convocada assim como o Secretário de Desenvolvimento (Paulo Alexandre Barbosa(???)).
Quem quiser ir, compareça à unidade às 10:00 pois provavelmente teremos vagas!
Se muitos trabalhadores (no mínimo 10) não puderem ficar até o fim, fretaremos uma van para trazê-los de volta à Santos com saída prevista as 16:00 de São Paulo!
É ridículo como os Diretores se esquecem que "estão" diretores, mas na verdade são professores como todos os outros e só ocupam este cargo porque NÓS votamos nele. Pior ainda é perceber que os professores estão interessados em aderir a greve mas estão sendo coagidos. Nessas horas temos que apoiar os nossos colegas e ajuda-los a usufruir do direito de greve!!!
ResponderExcluirConcordo plenamente esses diretores omissos a greve sao uma vergonha
ResponderExcluirTem q chamar a Polícia pra investigar o Govenador que gasta sei lá onde o dinheiro do salarios dos professores
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